FUTEBOL CLUBE DO PORTO
Nome
|
FC Porto
| |
Ano de
Fundação
|
1893
| |
Cidade
|
Porto
| |
País
|
Portugal
| |
Associação
|
AF Porto
| |
Estádio
|
Dragão
Lotação: 52048
Estádios
Anteriores: 3
|
|
|||||||||||||||||||||||||||
|
FC Porto A HISTÓRIA
Um cavalheiro com visão de futuro
António
Nicolau de Almeida, o fundador do Foot-ball Club do Porto
No fim do
século XIX a cidade do Porto vivia na ressaca de um século de intensas lutas
políticas e revoluções que tinham colocado a «capital do norte» na liderança
dos movimentos políticos do país.
O Porto era
uma cidade onde convivia a vanguarda política e artística - com os seus
intelectuais e artistas do romantismo e mais tarde do realismo, - com o mais
profundo atraso e provincianismo, mascarado aqui e ali com alguns modernismos
importados por uma burguesia conservadora, como Camilo Castelo Branco tão bem
assinalou em páginas de deliciosa literatura de costumes.
Imbuído
nesse espírito de modernização, António Nicolau de Almeida um entusiasta da
prática desportiva - um «sportsman» como se dizia nesses tempos – que já tinha
fundado o Real Velo Clube do Porto, apaixonou-se pelo futebol aquando de uma
visita de negócios que efectuou a Inglaterra.
No regresso
trouxe na mala algumas bolas e o desejo de introduzir o jogo à sociedade
portuense. A 28 de Setembro de 1893 António Nicolau de Almeida fundava o
Foot-ball Clube do Porto, naquele que era também o dia de aniversário do Rei
D.Carlos e da Rainha D.Amélia.
A 8 de
Outubro realizou-se o primeiro match envolvendo 22 jogadores do clube e ao qual
assistiram senhoras das colónias balneares da Foz e Matosinhos.
“No regresso trouxe na mala algumas
bolas e o desejo de introduzir o jogo à sociedade portuense. A 28 de Setembro
de 1893 António Nicolau de Almeida fundava o Foot-ball Clube do Porto”
Entusiasmado
com os progressos do clube, António Nicolau de Almeida endereçou um convite a o
Football Clube Lisbonense para se realizar um encontro entre os dois clubes.
O clube de
Guilherme Pinto Basto – introdutor do futebol em Portugal –
demorou a aceitar o repto, marcando-se o jogo para Fevereiro de 1894, englobado
na comemoração do aniversário do nascimento do Infante D. Henrique.
O Rei D.
Carlos apadrinhou o jogo e foi criada uma taça com intuito de premiar a equipa
vencedora. A 2 de Março, no Cricket and Lawn Tennis Club do Campo Alegre, os
lisboetas e portuenses defrontaram-se pela primeira vez na história do futebol.
Perante a
melhor sociedade portuense e na presença do próprio Rei e outros membros da
família real, os «forwards» de Lisboa marcaram o golo que valeu a vitória no
primeiro «match» da história entre os da capital e os da invicta.
Depois de se
casar com Hilda Rumsey, irmã de Arthur e Lacy Rumsey – colegas de aventura
no FC Porto – o sportsman portuense virou as suas atenções
para o ténis, muito por influência da esposa que considerava o futebol um jogo
rude e perigoso, e o FC Porto entrou em letargia...
Do Grupo do Destino nasceu o FC
Porto
Em 1948
o FC Porto recebe e vence o Arsenal de Londres,
considerado então o melhor clube do mundo por 3x2. Para comemorar o feito, os
adeptos do FC Porto ofereceram uma taça ao clube com mais
de 130 kg de Prata.
Foi a 2 de
Agosto de 1906 que José Monteiro da Costa, um membro do Grupo do
Destino, que apaixonado pelo futebol desde uma visita a Inglaterra resolveu
refundar o FC Porto.
Se bem que
fundado por alguns republicanos, as cores eleitas para o renascimento do FC
Porto foram o azul-e-branco monárquico da então bandeira nacional.
Tripeiros, mas acima de tudo patriotas, era assim que se definia esse grupo
fundador.
Os primeiros
anos do FC Porto foram de rápido progresso, dispondo do clube do
Campo da Rainha, o primeiro campo relvado de Portugal.
Rapidamente
o FC Porto assumiu-se como a melhor equipa da cidade vencendo
os clubes rivais entre eles os ingleses do Boavista footballers.
Em 1912
conquista o seu primeiro troféu, a Taça Monteiro da Costa - em
homenagem ao Presidente que refundara o clube - uma competição que era
conhecida como sendo o Campeonato do Norte de Portugal. Foi também
nesse mesmo ano que o FC Porto mudou-se de «armas e bagagens»
para o Estádio da Constituição, sua casa até à mudança para as Antas já
nos anos cinquenta.
“Emergindo como o melhor clube da
região o grémio azul-e-branco conquista a primeira edição do Campeonato de Portugal (1922)
batendo na final o Sporting”
Emergindo
como o melhor clube da região o grémio azul-e-branco conquista a primeira
edição do Campeonato de Portugal (1922) batendo na final
o Sporting após terceiro jogo de desempate, disputado na
Constituição.
Ainda nesse
ano, a 26 de Outubro, em Assembleia-geral é aprovada a alteração do símbolo,
sugerida pelo sócio e atleta do clube Augusto Baptista Ferreira, conhecido por
"Simplício".
O jovem
atleta e artista gráfico, fundiu o emblema do clube (uma bola azul onde se lia
FCP) com o brasão de armas da cidade, surgindo assim o actual emblema da
colectividade azul-e-branca.
Com o
crescimento do clube e com as limitações do Estádio da Constituição (pelado),
os portistas tomaram por emprestado muitas vezes os estádios do Amial e do
Lima, o último dos quais, relvado, considerado então o melhor recinto do país,
era pertença do Académico do Porto.
Primeiro bicampeonato nacional
Fazendo jus
à sua fama de pioneiro o FC Porto venceu também a primeira
edição da I Liga em 1934/45, e a primeira época do Campeonato da 1ª Divisão
disputado quatro anos depois. Orientados pelo húngaro Siska e contando
com Pinga e Costuras na frente o FC Porto foi
bicampeão nacional.
Em 1948
o FC Porto recebe e vence o Arsenal de Londres,
considerado então o melhor clube do mundo por 3x2. Para comemorar o feito, os
adeptos do FC Porto fizeram uma colecta para comprar um troféu
que imortalizasse o feito.
Uma taça com
mais de 130 kg de Prata, madeira fina, vidro, veludo, esmalte, ouro e pedras
preciosas num peso total de 300 kg, é ainda hoje um dos mais imponentes troféus
que o FC Porto guarda na sua posse.
Jorge
Nuno Pinto da Costa (esq) e José Maria Pedroto (dir):
os dois obreiros do FC Porto que dominou o panorama desportivo
nacional a partir do final dos anos 80.
Após esses
três títulos em seis anos os dragões entraram num período de letargia, não
conseguindo vencer nenhum campeonato durante quinze anos, não obstante contarem
com alguns dos melhores executantes do futebol nacional como o guarda-redes
Barrigana, o defesa Virgílio, o médio Araújo e o “mago” Hernâni
Seria só em
1955/56, ainda com Virgílio e Hernâni em campo secundado por outros mais jovens
como Osvaldo Silva, José Maria Pedroto, Acúrsio e Miguel Arcanjo, que os
azuis-e-brancos chegam à última jornada e sagram-se campeões com os mesmos
pontos que o Benfica. Para completar uma época de sonho o FC
Porto conquistou a primeira Taça de Portugal do seu historial à
16ª presença na competição.
Contra tudo e contra todos...
Em 1958/59
os azuis e brancos chegam à última jornada novamente empatados com os
benfiquistas. Em Torres Vedras contra o Torreense o FC Porto entrou
em campo com quatro golos de vantagem sobre os lisboetas. O FC Porto venceu
por 0x3 enquanto em Lisboa o Benfica vencia a CUF por 7x1 num
jogo que terminou 10 minutos depois de Torres Vedras para desespero dos adeptos
e jogadores portistas. Quando Inocêncio Calabote apitou para o fim da partida
em Lisboa, dispararam-se os foguetes em Torres Vedras e na Invicta.
"Durante
os anos 60 os azuis-e-brancos acumularam frustrações, apenas conquistando uma
Taça em 1967/68, batendo o Setúbal na final do Jamor."
Depois da
festa veio nova longa travessia do deserto... Durante os anos 60 os
azuis-e-brancos acumularam frustrações, apenas conquistando uma Taça em
1967/68, batendo o Setúbal na final do Jamor. De permeio, os dragões perderam
uma final da casa disputada no Estádio das Antas com o Leixões 0x2
para surpresa do país desportivo.
No início
dos anos setenta com o despontar de uma nova geração de jogadores que contava
com promessas como o malogrado Pavão que viria a falecer a 16 de Dezembro de
1973, num jogo contra o Vitória de Setúbal em pleno Estádio das Antas,
os azuis-e-brancos prometiam novas façanhas que iam sendo continuamente
adiadas, mesmo depois da contratação de Cubillas, o mago peruano que à época
era o jogador mais caro de sempre do futebol nacional.
De pombinhos provincianos a falcões
moralizados
No pós-25 de
Abril, com a chegada da dupla José Maria Pedroto (treinador)
e Pinto da Costa (Chefe Dep. Futebol) os dragões conquistaram
o título 19 anos depois, numa das vitórias mais festejadas da história do
clube. A cidade literalmente parou e a festa foi longa e duradoura,
ultrapassando na folia o próprio São João.
“As
vitórias surgiram naturalmente levando José Maria Pedroto a afirmar: “passamos de pombinhos provincianos a
falcões moralizados”.
Superados os
traumas que bloqueavam o FC Porto desde épocas imemoriais, as
viagens ao sul deixaram de significar derrotas, e a síndrome da Ponte da
Arrábida foi deitada para trás das costas e as vitórias surgiram naturalmente
levando José Maria Pedroto a afirmar: “passamos de pombinhos
provincianos a falcões moralizados”.
Depois do
bicampeonato em 1979,Pedroto e Pinto da Costa saíram
do clube em desavença pública Após o verão quente azul-e-branco, meia equipa
do FC Porto deserta em solidariedade com Pedroto e Pinto
da Costa.
Em 1982 um
grupo de sócios convence Jorge Nuno Pinto da Costa a
candidatar-se a Presidente e a história do FC Porto muda
definitivamente...
Após uma
vitória na Taça em 1984, o primeiro título de Campeão do consulado de PC chega
no ano seguinte. Um ano antes, além da vitória na Taça os dragões chegam à
final da Taça das Taças, a primeira final europeia da história, quebrando um
monopólio europeu dos rivais de Lisboa.
Da tristeza de Berna à glória de
Viena
João
Pinto, o eterno capitão portista com a Taça dos Campeões Europeus conquistada
numa noite mágica em Viena a 27 de Maio de 1987.
Com uma leva
de grandes jogadores nacionais como Frasco, Inácio, Jaime Pacheco, Fernando
Gomes, João Pinto, António Sousa, Jaime Magalhães.. os dragões lançam-se à
conquista da liderança do futebol nacional discutindo com os benfiquistas
campeonato a campeonato.
A 27 de Maio
de 1987 chega o momento porque muitos portistas nunca antes tinham sonhado...
Após uma carreira de mérito onde se destacou uma histórica vitória em Kiev, os
dragões chegam à final da Taça dos Campeões contra o todo-poderoso Bayen
München.
No Pratter
em Viena, a mais bela valsa azul-e-branca foi criada com a arte magistral do
calcanhar de Madjer, a finalização mortífera de Juary e o deambular
genial de Paulo Futre. O Porto era campeão da Europa,
Portugal estava em festa 25 anos depois e João Pinto prometia nunca
mais largar aquela Taça...
“No Pratter em Viena, a mais bela
valsa azul-e-branca foi criada com a arte magistral do calcanhar de Madjer, a finalização
mortífera de Juary e o deambular genial de Paulo Futre”
Meses depois
na neve de Tóquio o FC Porto vencia o Peñarol, novamente com um
golo de Madjer e conquistava o mundo pela primeira vez na história
de um clube português.
Os anos
continuaram com o FC Porto a assumir aos poucos a liderança
nacional que ficou vincada decididamente a partir de 1994/95, quando Bobby
Robson guiou a geração dourada de Baía, Couto, Jorge Costa e companhia
ao primeiro dos cinco títulos do penta campeonato que marcou uma fase no futebol
nacional com os golos incontáveis do Super Mário Jardel.
PALMARÉS TOTAIS (117 TÍTULOS)
Até
31/12/2013
Competições Internacionais (7 Títulos)
|
|||||
2
|
Taça
Intercontinental
|
1987,
2004
|
|||
2
|
|
Liga dos
Campeões
|
1986/87,
2003/04
|
||
2
|
|
Europa
League
|
2002/03,
2010/11
|
||
1
|
|
Supertaça
Europeia
|
1987
|
||
Competições
Nacionais (67 Títulos)
|
|||||
27
|
Liga Portuguesa
|
1934/35,
1938/39, 1939/40, 1955/56, 1958/59, 1977/78, 1978/79, 1984/85, 1985/86,
1987/88, 1989/90, 1991/92, 1992/93, 1994/95, 1995/96, 1996/97, 1997/98,
1998/99, 2002/03, 2003/04, 2005/06, 2006/07, 2007/08, 2008/09, 2010/11,
2011/12, 2012/13
|
|||
16
|
Taça de Portugal
|
1955/56,
1957/58, 1967/68, 1976/77, 1983/84, 1987/88, 1990/91, 1993/94, 1997/98,
1999/00, 2000/01, 2002/03, 2005/06, 2008/09, 2009/10, 2010/11
|
|||
20
|
Supertaça Cândido de Oliveira
|
1981,
1983, 1984, 1986, 1990, 1991, 1993, 1994, 1996, 1998, 1999, 2001, 2003, 2004,
2006, 2009, 2010, 2011, 2012,2013
|
|||
4
|
Campeonato de Portugal
|
1921/22,
1924/25, 1931/32, 1936/37
|
|||
Competições Regionais (43 Títulos)
|
|||||
29
|
Campeonato do Porto
|
1914/15,
1915/16, 1916/17, 1918/19, 1919/20, 1920/21, 1922/23, 1923/24, 1924/25,
1925/26, 1926/27, 1927/28, 1928/29, 1929/30, 1930/31, 1931/32, 1932/33,
1933/34, 1934/35, 1935/36, 1936/37, 1937/38, 1938/39, 1940/41, 1942/43,
1943/44, 1944/45, 1945/46, 1946/47
|
|||
14
|
AF Porto Taça
|
1915/16,
1916/17, 1947/48, 1956/57, 1957/58, 1959/60, 1960/61, 1961/62, 1962/63,
1963/64, 1964/65, 1965/66,1980/81, 1983/84
|
|||
Sem comentários:
Enviar um comentário